sexta-feira, 30 de abril de 2010
Sexta-feira, que bom!!! Tambores da Paz
A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SUPERDir) convida a todos e todas para o I Encontro de Afoxés e Blocos Afro do Rio de Janeiro - Tambores da Paz - contra a Intolerância Religiosa que se realizará no dia 30/04, sexta-feira às 19h, nos Arcos da Lapa.
O evento tem como objetivo visibilisar a cultura afro-brasileira e contará com a participação de autoridades públicas e representantes de movimentos sociais e culturais de Afoxés, blocos Afros, Bandas de Música afro-contemporânea, que lutam em defesa da liberdade religiosa e direitos humanos, e estarão enfocando a temática por uma cultura de paz.
Contamos com sua presença,
Adailton Moreira Costa
Assessor para Enfrentamento a Intolerância Religiosa
SEASDH / Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SUPERDir)
Uma Boa: Feijoada da Pomba Rolô no Dia do Trabalhador
SAMBA, CERVEJA E FEIJOADA EM JACAREPAGUÁ
NO DIA DO TRABALHADOR DIA 01.05.2010- SÁBADO
BOM SAMBA, CERVEJA GELADA E UMA FEIJOADA SUCULENTA no (primeiro e último) Sábado do mês em Jacarepaguá, no Bar e Restaurante Taboca, com Flavio Oliveira do Salgueiro e o Grupo Papo de samba & Estórias. Anote em sua agenda e venha curtir com a gente.
Bar e Restaurante Taboca - Estrada de Jacarepaguá, nº 6550, largo do Anil – Jacarepaguá – reservas tel.: (21)3256-4550.
Horário: das 13:30 às 18:00h – no Primeiro e Último sábado do mês
Cavaco/Voz- Flavio Oliveira do Salgueiro; Percussão – Jairo Bom Ambiente; Violão- Orlando Jazz; Pandeiro – Bira; Saz/Clarinete - Kibe
NO DIA DO TRABALHADOR DIA 01.05.2010- SÁBADO
BOM SAMBA, CERVEJA GELADA E UMA FEIJOADA SUCULENTA no (primeiro e último) Sábado do mês em Jacarepaguá, no Bar e Restaurante Taboca, com Flavio Oliveira do Salgueiro e o Grupo Papo de samba & Estórias. Anote em sua agenda e venha curtir com a gente.
Bar e Restaurante Taboca - Estrada de Jacarepaguá, nº 6550, largo do Anil – Jacarepaguá – reservas tel.: (21)3256-4550.
Horário: das 13:30 às 18:00h – no Primeiro e Último sábado do mês
Cavaco/Voz- Flavio Oliveira do Salgueiro; Percussão – Jairo Bom Ambiente; Violão- Orlando Jazz; Pandeiro – Bira; Saz/Clarinete - Kibe
terça-feira, 27 de abril de 2010
No domínio
Já não estou nem mais aí para ele. No início, me iludi muito com o malandro. Achei que ele me daria o céu e a terra. Fantasiei que tudo era puro amor. Mas só rindo, cai na esparrela do pilantra. Mas espera lá! Cai porque quis, ele não me forçou a nada. Estou até gostando dessa coisa de ser a boneca dele... O negão não tem só a mim, isso eu sei. Em cada roda há um coração disparando por ele e na curva outro fica na ilusão dos seus carinhos. Sei disso tudo! Ele pensa que me engana... Nessa brincadeira, porque já disse pra ele que o meu lance são momentos de felicidade, eu é que domino a situação. Se eu pensar assim não sofro, né?
Pra não passar batido
Muitas vezes percebo em mim uma necessidade de freio, de cair na real, rever alguns conceitos. Caracterizo como sendo um dos meus raros momentos de lucidez. Daí é que me transformo em búfalo e me aprofundo pelas matas do meu pensamento para ruminar idéias. Sei que deixo muitas coisas para trás. Os amigos e companheiros são os que mais me fazem falta. Mas percebam, recuar nem sempre é fraqueza, mas um ato de pura estratégia. Li que só os loucos não mudam de idéia. E depois a reconquista é muito mais instigante.
Ao longo da minha trajetória de vida há essa coisa de revisão, de busca do equilíbrio, principalmente quando percebo atitudes que me causam sofrimento constante. Definitivamente não tenho vocação e, muito menos, saúde para mártir.
O que importa é o valor exato que confiro as coisas depois desse estágio de reclusão. Tudo retoma o seu lugar. Percebo mais claramente determinadas situações e aí... Babáu! Sou mais eu! Volto a minha forma feminina e fico muito mais feliz.
domingo, 25 de abril de 2010
Salve, o Encantado de Aruanda! O santo padroeiro do samba: S. Pixinguinha!
Um a zero
Composição: Pixinguinha, Benedito Lacerda e Nelson Ângelo
Vai começar o futebol,pois é,
Com muita garra e emoção
São onze de cá, onze de lá
E o bate-bola do meu coração
É a bola, é a bola, é a bola,
É a bola e o gol!
Numa jogada emocionante
O nosso time venceu por um a zero
E a torcida vibrou
Vamos lembrar
A velha história desse esporte
Começou na Inglaterra
E foi parar no Japão
Habilidade, tiro cruzado,
Mete a cabeça, toca de lado,
Não vale é pegar com a mão
E o mundo inteiro
Se encantou com esta arte
Equilíbrio e malícia
Sorte e azar também
Deslocamento em profundidade
Pontaria
Na hora da conclusão
Meio-de-campo organizou
E vem a zaga rebater
Bate, rebate, é de primeira
Ninguém quer tomar um gol
É coisa séria, é brincadeira
Bola vai e volta
Vem brilhando no ar
E se o juiz apita errado
É que a coisa fica feia
Coitada da sua mãe
Mesmo sendo uma santa
Cai na boca do povão
Pode ter até bolacha
Pontapé, empurrão
Só depois de uma ducha fria
É que se aperta a mão
Ou não!
Vai começar...
Aos quarenta do segundo tempo
O jogo ainda é zero a zero
Todo time quer ser campeão
Tá lá um corpo estendido no chão
São os minutos finais
Vai ter desconto
Mas, numa jogada genial
Aproveitando o lateral
Um cruzamento que veio de trás
Foi quando alguém chegou
Meteu a bola na gaveta
E comemorou
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Imperdível!
Pra se pensar
Samba nosso de cada dia, hoje todos reclamam e conclamam a sua autoria.Você é aceito, atualmente, em todos os espaços da sociedade. A seu respeito falam especialistas e doutores. Você sempre foi de agregar, nunca foi de excluir ninguém. Formou-se uma indústria em torno de você.Ganhou até o status de identidade nacional, mas a pergunta que não quer se calar é a seguinte: onde está inserido nesse contexto o seu produtor? Quais os espaços por ele ocupado?
Os significados do dia 23 de abril
Dia 23 de abril é um dia em que a religiosidade é latente para muitos cariocas. Os católicos e cultuadores de matriz africana comemoram o dia de Sao Jorge cujo sincretismo nos leva ao orixá guerreiro Ogun. Santidade muitas vezes questionada pela Santa Sé e que alguns afirmaram ter sido ameaçada pela mesma, quando da visita do Papa João Paulo II na primeira vez ao Brasil. A igreja não reconhecia o santo e outros criticavam essa mistura com cultos afro. O importante é que São Jorge faz parte do imaginário de luta maniqueísta que nos apavora todos os dias. É o desejo de se livrar das balas perdidas, da ira dos inimigos e de estar vestido e armado como ele. De uma forma ou de outra nos vemos como o cavaleiro da Capadócia e almejamos vencer o Dragão do Mal. Ou vitoriosos e desbravadores como Ogun, o ferreiro. Orixá dos caminhos, da metalurgia, da modernidade, da idéia do corpo fechado, daqueles que se divertem a cada término da jornada de trabalho e se refrescam com uma deliciosa cerveja gelada.
São Jorge é o santo mais popular que há e a simpatia por ele faz parte de uma leitura ligada a um posicionamento político - agregar o excluído e militar pelo que de mais popular ele representa: o trabalhador/operário, o boêmio, subversivo, aquele que está à margem, mas que não perde a crença num mundo melhor - , e, ou religioso por associação. O fato é que encontramos sua imagem em espaços ditos profanos. Acredito que essa religiosidade está em todos os nossos ambientes sociais. Todos os espaços são sacros! Seja no buteco da esquina, porque é a representação material do seu dono de se obter o pão de cada dia e por isso mereça a benção do santo; ou numa quadra de escola de samba, que espiritualmente tem sua ligação com o orixá Ogum e dentro dos preceitos pede-se sua proteção e toma-o como patrono. Os sambistas, figuras que povoam as madrugadas e circulam por tantos caminhos, a ele também pedem proteção e daí presenciarmos essa mistura com o cotidiano carioca.
Samba, sambistas, rodas e quadras de samba me fazem lembrar daquela baiana de Santo Amaro da Purificação (Recôncavo) que aos 22 anos e com uma filha, mudou-se para o Rio de Janeiro, tornando-se uma das lideranças da Pequena África e símbolo fundador da cara musical do Brasil: Tia Ciata ou Assiata. Se viva estivesse, Hilária Batista de Almeida comemoraria 156 anos hoje. Pertencente à comunidade de baianos radicados no Rio de Janeiro,ligados ao culto religioso de matriz africana, na área conhecida como Pequena África; promoveram rodas de samba, desfile de ranchos Carnavalescos - o rancho fundado por Tia Ciata Chamava-se "O macaco é o outro", referência e crítica ao preconceito racial -,
eram eles: Hilário Jovino Ferreira( Lalo de Ouro), Perciliana Maria Constança (mãe do João da Baiana), Tia Amélia do Aragão (mãe do Donga), o legendário Amor (Getúlio Marinho da Silva), Tia Bebiana, Tia Rosa, Tia Sidata. O samba mais afamado era da casa da Tia Ciata porque lá que os sambas, nascidos no morro, se tornavam conhecidos na roda e se popularizavam. Desta forma, essa mãe pequena respeitada, simboliza toda a estratégia de resistência musical à cortina de marginalização erguida contra o negro em seguida à abolição.
Na casa de Tia Ciata, surgiu Pelo Telefone, o samba que lançaria no mercado fonográfico um novo gênero musical. E os músicos do primeiro samba gravado foram recrutados entre seus ogans e frequentadores da casa: Donga, João da Baiana, Pixinguinha, Sinhô, Caninha, Heitor Dos Prazeres e outros. A casa de Tia Ciata transformou-se num centro de continuidade da Bahia Negra, logo de parte da diáspora africana, no Rio.
São Pixinguinha,"o encantado de Aruanda", referência preciosa na nossa música,também faz parte dessa reflexão ao dia 23 de abril. Completaria hoje 113 anos. O nosso Alfredo da Rocha Vianna Filho, o carioca Pixinguinha, foi saxofonista, flautista, compositor e arrajandor. Instrumentista virtuoso, compositor inspirado, comparado a Bach na arte da polifonia e do contraponto, além de arranjador de rara criatividade, é um dos fundadores da moderna linguagem musical brasileira e certamente o maior nome da música brasileira em todos os tempos.
Nosso padroeiro não foi exatamente um sambista, como o foram seus contemporâneoas e companheiros Caninha e João da Baiana, por exemplo. Mas seu trabalho como compositor, arranjador e intérprete, e sua ligação com o samba desde os primórdios fizeram dele uma espécie de patrono e, hoje é o legítimo santo padroeiro do samba.
Fica aqui uma reflexão a respeito dos significados do dia 23 de abril. É uma data marcada pela aceitação, luta a favor da expressão pela vida e de exemplos de uma sacralidade além do que foi instituído. Uma sacralidade que segue os moldes da nossa africanidade banto/nagô, onde o processo é de interação entre homens e entre o mundo visível (o Ayê, em nagô) e o invisível (o Orum), cujo padrão simbólico é buscado no sistema religioso ou no sistema de trocas simbólicas do grupo social em questão.
fontes: Lopes, Nei. Sambeabá; o samba que não se aprende na escola.
Sodré, Muniz. Samba, o dono do corpo.
Moura, M. Roberto M.. No princípio, era a roda: um estudo
sobre samba, partido-alto e outros pagodes.
Lopes, Nei. Partido-alto: samba de banba.
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