terça-feira, 21 de outubro de 2008

"O show tem que continuar"


Nascido Luiz Carlos Baptista (21 /07/ 1949), consagrou-se nas rodas de samba como Luiz Carlos da Vila. De todas as vilas! Da Vila Isabel, da Vila da Penha, da Vila Kennedy... (palavras de Ney Lopes). O nome artístico foi adotado quando passou a fazer parte da ala de compositores da Vila Isabel, em 1977. Autor de sambas admiráveis fica imortalizado pelo samba enredo "Kizomba, Festa da Raça" (c/ Rodolpho de Souza e Jonas Rodrigues), com o qual a Vila Isabel foi campeã em 1988.
Hoje o poeta não está mais entre nós. O surdo cortou a manhã de 20 de outubro com o seu pranto e num toque seco anunciou o descanso do poeta, que lutou bravamente durante 2 anos contra um câncer no estômago. Vá em paz, poeta! O seu lirismo continuará forte em muitas rodas de samba. Porque " o show tem que continuar"... Porque "a chama não se apagou, nem se apagará".

3 comentários:

Unknown disse...

É de fato foi uma perda considerável para o samba.
Meu protesto é contra o sensacinalismo da mídia, com todo o respeito a família da Eloá, mas a mídia ñ deu a importância devida ao falecimento de Luiz Carlos da Vila. (E isso é lamentável)


Renata Argemiro

Euclides Amaral disse...

Luiz Carlos da Vila foi uma grande figura... não só como compositor, um dos melhores da sua geração, mas também como pessoa, de acordo com vários amigos mais chegados a ele, tais como Dorina, Luiza Dionizio, Felício Torres, Jucemar, Rildo Hora e Cláudio Jorge, entre outros. Eu não tive o prazer de ter essa amizade tão chegada e poucas vezes o encontrei em rodas de samba, na casa do Ricardo Cravo Albin e na antiga Rádio Bicuda FM, perto das nossas casas (moro em Brás de Pina). Nas poucas vezes em que conversamos, rapidamente, por conta de trabalhos e de nossa hora, o achei muito afável às novas amizades e com colocação claras sobre vários assuntos. De forma que, todos sofremos com tal perda, mas algumas pessoas, como as citadas acima, com certeza sofrem mais por ter sido muito mais próximo a ele. Pude perceber o sofrimento estampado no rosto dessas pessoas no sepultamento, não só essas pessoas que citei, também centenas de outras que me pareceram íntimas.
Com certeza era um cara de fortes e muitas amizades! deu pra se notar no dia 21 e como fiquei sabendo, no dia anterior, no velório na quadra da Vila Isabel. Pude ver o sofrimento da família (a mãe, a prima Angélica, entre outros). Só mesmo essas pessoas têm a real dimensão do amigo que perderam. Com certeza já tá deixando saudade em mim, que dirá neles que conviveram tão de perto. Fica meu pesar!
PS: esqueci de falar no meu depoimento acima de uma coisa linda q aconteceu no sepultamento. Pintou uma área no céu q muitos presentes, inclusive eu, nunca havia visto.

Em torno do sol surgiu um alo todo colorido (tipo um arco-íris) enorme!

vários fotógafos tiraram fotos.

Foi o Rildo (Hora) q me atinou pr'aquilo, apontando... e apontando... ficamos arrepiados... logo chamamos uns fotógrafos pra rgistrar o alo em torno do sol.

Mas o Cláudio Jorge já o havia visto antes de nós e registrou, mais tarde, em palavras em seu blog http://blogdoclaudiojorge.blogspot.com/2008/10/infelizmente-o-choro-tem-que-continuar.html

Só mesmo ele pra conseguir tal façanha!

Acho q se valeu de toda a amizade e parceira de ambos.

Leiam e sintam o q nós sentimos naquele momento.

O Cláudio foi feliz nas colocações.

Axé Luiz!

amaral

Cimples Ócio disse...

roubei sua receita de pastel para meu blog de culinaria - mas estou pedindo a continuidade da permissão que não me foi dada.
Se quiser retiro ..

- estou com vontade de roubar o texto do Luis carlos para pagina no orkur - mas ai não tenho coragem de faze-lo seu sua autorização. Ahhh parabens, muito bom