domingo, 25 de janeiro de 2009

Choro da Cabrocha


Não tive muito tempo para raciocinar a respeito do que estava acontecendo.
Porém, sabia que a relação estava desgastada. Não falamos sobre o assunto. Não discutimos a relação, como é habitual entre casais. Simplesmente chegou a hora e pronto. Um tempo que não determinei e que talvez nem ELE. Mas o estar junto já não fazia sentido. Eu estava. ELE não mais... Já não ríamos das mesmas coisas. Era o fim e eu protelava a situação.
ELE estava partindo... A roda de samba estava fervendo.
Tantos risos, tilintares de copos, som do reco-reco no peito. Ai, que dor!
Acabava ali, numa roda de samba o nosso amor. Onde tudo começou com
tanto brilho, hoje só uma vaga impressão da luz.
Por que? Candeia me console!!! Tanta dor... A lágrima rola silenciosa e em volta
tantos risos, tilintares de copos, som do reco-reco.
Me cobram alegria! Me cobram cadência... Onde?
ELE está partindo... Os nossos olhares ainda se cruzaram, ensaiando um adeus.
Um copo cai, as atenções voltam-se para o incidente. Eu gelei. Se Foi...

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