quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mano Décio, mete o dedo na viola!


Nascido a 14 de julho de 1909, foi registrado com o nome de Décio Antônio Carlos. Baiano de Santo Amaro da Purificação, ainda criança veio com seu pai, o pedreiro Hermógenes Antônio Máximo, para o Rio de Janeiro.
O samba passa a fazer parte da sua trajetória ainda na infância quando morador do Morro da Mangueira frequentou as rodas de samba no Buraco Quente.
Mas seria no Morro da Serrinha que se tornaria estrela de primeira grandeza do mundo do samba. Na Prazer da Serrinha conheceu Silas de Oliveira. Tornariam pioneiros na composição de sambas - enredo para desfiles de escolas de samba no carnaval. "Conferência de São Francisco" (c/ Silas de Oliveira) foi um dos primeiros a tratar de tema histórico e com a qual a Prazer da Serrinha desfilou naquele ano.
Em 1947 é fundada o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Império Serrano pelas mãos de Mano Décio, Mestre Fuleiro, Silas de Oliveira, Comprido, Antenor, Molequinho, Zé Luiz, Cachopa, Fumaça, Manula, Mano Elói, Aniceto, Daniel Perna e João Gradim, entre outros. Grande campeã de 1948 até 1956, dividiu a hegemonia do samba carioca com Mangueira, Portela e Salgueiro.
Com Silas de Oliveira, parceiro constante compôs sambas-enredos que figuram na lista dos melhores de todos os tempos: em 1956, Caçador de Esmeraldas; em 1969, Heróis da Liberdade (também com Manoel Ferreira).
Vale salientar que este tipo de samba foi denominado de Exaltação por sua característica patriótica-ufanista. Criação do Estado Novo, esses sambas eram em geral, feitos sob inspiração do órgão de Propaganda do governo para exaltar as virtudes da terra e do povo brasileiro.
Mano Décio da Viola faleceu no dia 18 de outubro de 1984 em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Nos deixou um legado de lindas canções e um herdeiro dessa nobreza: Jorginho do Império.
fontes: Dicionário Música Popular Brasileira Ricardo Cravo Albin.

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